O que é Marketing?
Qual o Objetivo do Marketing
Por Carlos Alberto de Faria
07/03/2007
A tradução de marketing, para o português, é mercadologia , muito embora os dicionários Aurélio e Michaelis já contemplem o vocábulo marketing. A tradução, com a terminação "logia", reforça a idéia de que corresponde a um novo campo de estudos.
Muitos, muitos mesmo - é até cultural -, confundem marketing com propaganda. Marketing, definitivamente, não é propaganda, ou pelo menos, não só propaganda. Propaganda é somente uma sub-parte do marketing. E, para o marketing de serviços, a propaganda tem sua importância reduzida, pois a melhor propaganda, nessa área de serviços, é a boca a boca. Mas esse não é o assunto hoje ...
O marketing, originalmente, é oriundo da economia, e alçou vôo próprio e independente da economia, quando se constatou que a base de conhecimento para uso do marketing precisava ser maior, mais abrangente, compreendendo, entre outras: sociologia, antropologia, estatística e psicologia.
Theodore Levitt, autor clássico da área, tem uma definição de marketing, muito utilizada e divulgada:
"Marketing é obter e manter clientes."
Essa definição, a nosso ver, é excelente como objetivo do marketing, mas não como definição do que é marketing.
O grande nome do marketing é, sem dúvida, Philip Kotler, que tem os livros de marketing mais lidos, adotados e traduzidos. Ele, em um dos seus últimos livros "Marketing para o século XXI", 1999, Editora Futura, reconheceu como o objetivo do marketing "o gerenciamento da demanda". É um conceito que merece nossa atenção e nosso sereno posicionamento, após, necessariamente, algum tempo de reflexão.
Philip Kotler tem algumas outras definições interessantes:
1. O marketing procura o equilíbrio entre a oferta e a demanda.
2. Marketing não é a arte de descobrir maneiras inteligentes de descartar-se do que foi produzido. Marketing é a arte de criar valor genuíno para os clientes. É a arte de ajudar os clientes a tornarem-se ainda melhores.
3. Marketing é a função empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvo serão mais bem atendidos pela empresa, decide sobre produtos, serviços e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca a todos na organização para pensar no cliente e atender ao cliente."
Esta última definição está no livro mais recente de Philip Kotler, Marketing de A a Z, Editora Campus, 2003.
Como temos hoje o marketing pessoal, a colocação "empresarial" da última definição de Kotler, soa estranho. Mas esta é outra discussão que há na área, se marketing se constitui em uma área de estudos ou é apenas um conjunto, um apanhado de conceitos e conhecimentos de outras áreas.
Eu encaro o marketing como um conjunto de conhecimentos, oriundos de diversas áreas do conhecimento humano, que tenham aplicação para facilitar as trocas que se efetuam no mercado. Para mim marketing é mais a aplicação. metodologia, prática dos conhecimentos que favoreçam o estabelecimento de trocas proveitosas no mercado, enfim, é mais tecnologia do que ciência.
Muitos definem, operacionalmente, marketing, como um processo.
Marketing é "o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais".
Esta é a definição da AMA - American Marketing Association.
Neste tipo de definição, mais operacional, o marketing é visto como um apanhado de conceitos de outras áreas. Mas alheio a isto, os estudiosos de marketing continuam avançando seus estudos com o intuito de dar sustentação ás necessidades do mercado e aos decorrentes lançamentos, subdividindo-se em vários grupos de estudo, a saber:
marketing pessoal;
marketing político,
marketing interno ou "endomarketing",
marketing de serviços,
marketing de massa,
marketing das nações,
marketing social,
marketing de relacionamento;
marketing de experiências e
marketing organizacional.
E, com certeza, podemos ser interrompidos por alguém que cite, apropriadamente, outro "tipo" de marketing.
Para mim, restam somente duas frases, uma definição e um objetivo, simples e diretas:
Marketing é o estudo das trocas que se realizam no mercado.
O objetivo do marketing é obter e manter clientes.
Carlos Alberto de Faria é sócio diretor da Merkatus
Fonte: https://www.merkatus.com.br
MARKETING SOCIAL
O Marketing Social ou Marketing para Causas Sociais, como costuma também ser denominado em outros países, diz respeito ao esforço mercadológico no sentido de associar uma marca ou instituição a uma causa social, que pode ser o desenvolvimento de campanhas (para prevenção da saúde e o estímulo à leitura, por exemplo) doações para entidades assistenciais, parcerias com entidades filantrópicas, desenvolvimento de trabalho junto a comunidades carentes etc.
Conceitualmente, há algumas complicações no uso desta expressão, porque pode-se entender, e alguns estudiosos assim o fazem, que o Marketing Social abrangeria, em sua amplitude os chamados Marketing Cultural, Marketing Esportivo, o Marketing Ecológico e o Marketing Comunitário (para só citar 4 expressões cunhadas recentemente e muito em voga). Na verdade, tem sentido, porque, do ponto de vista, prático estimular a prática do esporte, a cultura, a consciência ambiental e o desenvolvimento comunitário representa desenolver ações sociais importantes. Fica, portanto, de imediato, esta questão posta na conceituação de Marketing Social porque o próprio termo social é demasiado amplo.
O Marketing Social tem ganhado corpo nos últimos anos, na medida em que empresas e instituições se conscientizam da necessidade de comprometer-se definitivamente com a comunidade, em contrapartida ao apoio que esta lhes empresta, comprando seus produtos e serviços, disponibilizando-lhe mão-de-obra e, muitas vezes, oferecendo-lhe benefícios para a sua instalação e funcionamento (como a isenção de impostos, em muitos casos).
A difusão do princípio básico da Responsabilidade Social ( este conceito faz parte deste menu geral sobre conceitos) tem permitido o avanço do Marketing Social. Cuidado, no entanto, deve ser tomado no sentido de evitar que empresas e entidades demagogicamente o adotem para encobrir suas mazelas. Nesse caso, talvez essas ações ainda podem ser consideradas marketing (cada vez menos pela relação estreita que se passa a exigir entre atividade de marketing e a ética empresarial), mas dificilmente poderiam ser consideradas sociais, porque têm uma inspiração espúria.
É necessário olhar com desconfiança para empresas que se propõem a mascarar sua atuação socialmente irresponsável na comunidade (poluindo o ambiente, explorando o trabalho infantil, desrespeitando o consumidor etc) através de doações , apoio a grupos menos privilegiados ou patrocínio de campanhas educativas ou culturais.
O Marketing Social realmente legítimo não é aquele que se pratica unicamente com o dinheiro, mas com a consciência e o coração.
Uma leitura interessante a este respeito é o trabalho de Marjorie Thompson e Hamish Pringle, intitulado Marketing Social. Marketing para Causas Sociais e a construção de marcas, editado pela Makron Books, São Paulo, 2.000.
Aproveite para consultar alguns artigos e verificar alguns textos (livros) sobre o tema.
Fonte:WWW.comunicacaoempresarial.com.br acesso em:22/05/2010
Marketing de Experiência
Por Mariana Rodrigues 22 setembro 2008 as 09:00 | Comentar!
Vem crescendo o número de grandes e médias empresas que estão investindo no Marketing de Experiência para compor as ações de relacionamento, promoção e recompensa não só a funcionários, mas para clientes, parceiros e prospects. O Marketing de Experiência cria oportunidades das marcas interagirem com o seu consumidor, e assim, proporcionam, através da ação promocional, experiências inesquecíveis que terão impacto nas vendas, na motivação dos funcionários e na fidelização dos clientes. O marketing vem saindo de um apelo massificado e passa a focar a individualização do relacionamento com o consumidor. Esta abordagem do marketing com foco na experiência tem se traduzido em diferenciais competitivos importantes na disputa cada vez mais acirrada por uma fatia do mercado. Bradesco, Itaú, Kopenhagen, UOL, SulAmérica, Credicard Citi e Gerdau são algumas das companhias que oferecem experiências.
A lista de ações oferecidas pelas empresas é praticamente infinita. Passeios de balão, vôos de asa delta, viagens à Europa, jantares chiquérrimos, um dia em um Spa, são alguns exemplos. Em O Melhor da Vida , primeira empresa a utilizar o conceito Experience Marketing no Brasil, que valoriza as experiências vividas e compartilhadas em momentos de lazer, há inúmeras destas experiências. Confesso que fiquei encantada com cada coisa que vi no site da empresa.
E aí você se pergunta: “Por que experiências em campanhas empresariais?” Porque não se motiva mais consumidores, clientes e funcionários com premiações como brindes, descontos, ou viagens. A idéia é que as experiências são marcantes e irão trazer uma boa lembrança quanto à empresa e seu produto. O cliente por exemplo nunca irá se esquecer do produto que comprou na empresa X que o levou a dirigir um carro de F1. Isso torna-se impactante e inovador. A sensação de presenciar momentos inesquecíveis gera um valor muito grande para a marca.
O grande desafio é fazer com que o Marketing de Experiência entre no planejamento das ações. A partir do planejamento, as empresas poderão desenvolver campanhas de incentivo totalmente gerenciada, com resultados em tempo real. O diferencial das empresas que têm cases de sucesso a partir do marketing de experiência está na maneira como estas fazem isto. Além de prover experiências inesquecíveis, é necessário que o consumidor seja bem atendido e que suas demandas tenham soluções rápidas. Assim o cliente se tornará fiel, voltando a repetir suas agradáveis experiência em tal organização.
FONTE:WWW.sucessonews.com.br acesso
MARKETING ESPORTIVO
Marketing Esportivo - Definições e ConceitosO Marketing Esportivo é uma ferramenta utilizada para comunicar-se com clientes, prospects, colaboradores e comunidade. Tem o esporte, como forma de contato com o target e, portanto, é ligado diretamente à emoção, à paixão.
Esse é o grande diferencial com relação às demais ferramentas de comunicação. Utilizado de forma precisa, o Marketing Esportivo agrega força à marca ou à empresa por meio do simbolismo com os valores do esporte, como superação, trabalho em equipe e liderança, inerentes também ao sucesso na vida corporativa e às características de cada corporação. Sendo assim, empresas de tecnologia buscam se associar ao automobilismo e empresas cujos produtos são de luxo, a esportes como tênis e golfe, por exemplo.
O marketing esportivo tem, como vantagem, o fato de impactar um consumidor relaxado, em meio ao programa e não nos intervalos. Dessa forma, a empresa que faz uso dessa estratégia de comunicação é percebida, não como uma anunciante, mas sim como uma parceira, que permite com que os campeonatos ou times patrocinados possam ter sucesso e continuidade. Mais do que isso, ainda há uma lealdade muito maior a empresas que detém esta imagem. Por exemplo, na Nascar, categoria do automobilismo americano, há uma lealdade de 72% aos patrocinadores. Ou seja, 72% dos fãs da categoria assumem comprar um produto de um patrocinador em detrimento a um não-patrocinador.
Além de ser uma forma de comunicação saudável, envolve sentimentos de uma grandeza insuperável que só o esporte pode oferecer. Adrenalina, alegria, conquista, vibração e emoção são alguns dos elementos que fazem da atividade um misto de aventura e poder.
Não se pode esquecer o papel dos ídolos, que, nesse processo, são os verdadeiros porta-vozes do mercado, com suas mensagens traduzidas em forma de talentos esportivos.
Eventos como os Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e Superbowl, que atraem bilhões de espectadores ao redor do mundo, são bons exemplos de como o esporte surge como uma excelente forma, diferenciada, de atingir objetivos de marketing propostos pelas empresas. Esporte produz entretenimento, produz paixão. Mas é uma indústria e deve ser administrada como um negócio.
Fonte:WWW.arenasports.combr acesso em:22/05/2010
domingo, 26 de agosto de 2007
Marketing de Massa
Atualmente os consumidores estão se segmentando de um jeito que fica evidente o declínio do marketing de massa, que nada mais é que a exposição de seu produto para o maior número de pessoas não se importando em atingir os segmentos significativos para suas vendas. Cada vez mais investe-se em mecanismo para a identificação e classificação de padrões de consumo, o meio mais comum de se fazer isso é por meio de cartões de crédito, mas existem outras formas como pesquisas e algumas estratégias curiosas altamente camufladas.
As fatias de consumidores se apertam, são infinitas as possibilidades de segmentação, imaginar algum software ou banco de dados que tenha dados suficientes para uma segmentação individual ainda é ficção científica, mas com certeza a tecnologia nos ajuda muito, a técnica para se chegar a um padrão específico de consumo é o cruzamento de dados. Essa técnica muito utilizada hoje em dia consiste no cruzamento de informações de uma pessoa para se obter outras informações e traçar padrões.
Vou utilizar um exemplo fictício mas assustador (um parágrafo só para esse exemplo, que aliás contém exemplos internos a esse exemplo), imagine que a empresa Chocolashion Chico's tenha acesso ao banco de dados do IBGE e também dos cartões de credito com a marca VISA, cruzando os dados ela vai conseguir infinitos padrões de consumo. Por exemplo, que você, todo o dia que chove compra chocolate meio amargo (coisas que nem você se dá conta), e também vai saber sempre quando chove na sua cidade pois pode cruzar os dados da sua cidade com os de meteorologia. Portanto nos dias de chuva essa pessoa jurídica, com um aparato publicitário hollywoodiano, conseguirá te expor a publicidades que estimulem você á compra de chocolates sem você nem se dar conta. Chocolate meio amargo só hoje no EXTRA 50% off...
Para a segmentação também existem outros dois caminhos, o difícil caminho das pesquisas e o arriscado caminho da criatividade, vou discorrer sobre pesquisas nesse parágrafo. Atualmente trabalho com pesquisa, inclusive recentemente já fui até a campo como pesquisador, no jargão dos pesquisados ir a campo é segurar a prancheta com seu crachá devidamente pendurado abordando as pessoas na rua. Meu trabalho nessa área é na parte estratégica do assunto, como elaboração e planejamento de pesquisas, na empresa não há uma abordagem estratégica sobre pesquisa, mas nada que um pouco de curiosidade e malícia para imaginar utilidades para dados coletados. Os dados das pesquisas podem ser encomendados por empresas como a qual trabalho ou "procurados", já que existe banco de dados inteiramente gratuitos para consulta na internet. No site do IBGE há um banco de dados livre para consulta de cidades, se você lembra do parágrafo anterior sabe que basta cruzar alguns dados para obter informações sobre você.
Agora sim a outra estratégia, a da criatividade, se você agüentou esse texto inteiro vai poder se sentir a pessoa mais boba do mundo por cair nesses "golpes" de marketing, eu ainda vou conseguir bolar algum desses e vou entrar pra história, mas enquanto vocês esperam isso, relato algumas estratégias que vão além de curiosas já que mascaram a real intenção da empresa. Temos algumas "físicas" como a da KLM, uma companhia aérea que deixa os passageiros criarem as etiquetas de identificação da bagagem. Outro exemplo são as empresas de cartão de crédito que permitem personalizar a imagem que será impressa no cartão. Dessa forma, a empresa colhe dados sobre os clientes. E também as virtuais, como rede de relacionamentos que você se expões de uma forma absurda, ou então qualquer formulário que você preencha, inclusive há uma comunidade no Orkut que mostra sites que dão amostras e brindes, basta você preencher um formulário.
Agora que você já é uma pessoa bem informada conseguirá escapar desses golpes como peixe ensaboado. Sempre lembrando que você também representa um segmento de mercado e está incluso em vários outros, portanto sempre que se deparar com uma publicidade (aprox. 2000 vezes ao dia) se lembre que ela não está lá por acaso
Fonte:administrampado.com.br acesso em:22/05/2010
O que é Marketing Viral?
O Marketing Viral é a disseminação de uma informação de forma espontânea onde o próprio público que recebe a mensagem se encarrega de enviar para sua lista de contatos e assim por diante, tal qual um vírus. A grande vantagem é o custo baixo comparado com as outras formas de publicidade on-line.
Uma mensagem ou recomendação vinda de uma pessoa conhecida tem muito mais credibilidade e valor se comparadas a uma propaganda direta de qualquer empresa. O maior desafio de uma boa ação de marketing viral é trabalhar, com criatividade e foco, uma mensagem que seja suficientemente boa para espalhar-se por conta própria pela Web.
Veja exemplos de marketing viral.
A maioria das ações de marketing viral utiliza a mídia social como target primário, ou seja, busca um grupo de pessoas dentro de sites de relacionamento e blogs, por exemplo, para que estes sejam os disseminadores do “vírus”.
De que forma isso é feito?
1. Análise do mercado, da concorrência e do site do produto / serviço, quando for o caso.
2. Definição do público-alvo e dos possíveis disseminadores da ação de marketing viral.
3. Criação do plano tático da ação de marketing viral e criação de todas as peças de comunicação envolvidas na campanha.
4. Execução da ação.
5. Acompanhamento dos resultados da campanha e realização dos ajustes necessários.
6. Fonte:WWW.m2brnet.com.br acesso em:22/05/2010
O QUE É MARKETING DE RELACIONAMENTO ? |
Por:Patrícia Marinho
Vice-Presidente de Planejamento da Datamidia,FCBi
patricia.marinho@datamidia.com.br
A capacidade que os profissionais de marketing têm de inventar palavras novas para descrever antigos conceitos é impressionante. A prova está na seção de livros de negócios encontrada em qualquer grande livraria. Tem lá: marketing one-to-one, marketing de relacionamento, loyalty marketing, aftermarketing, CRM, frequency marketing, friendship marketing...
Se você é profissional do ramo, sabe que é tudo a mesma coisa e que tantas terminologias são só motivos para vender mais palestras e livros. Porém se você está começando no assunto, certamente deve ficar meio perdido. O objetivo deste artigo é limpar esta confusão e apresentar os conceitos que realmente interessam. Para isto, vou usar as definições que a Datamidia,FCBi criou ao longo dos seus 15 anos de história e mais de 30 programas de relacionamento desenvolvidos.
Marketing de Relacionamento é um conjunto de estratégias que visam o entendimento e a gestão do relacionamento entre uma empresa e seus clientes, atuais e potenciais, com o objetivo de aumentar a percepção de valor da marca e a rentabilidade da empresa ao longo do tempo.
Quando falo em gestão do relacionamento, isto significa ter a capacidade de acompanhar e influenciar o comportamento de clientes e prospects ao longo do tempo, em qualquer canal de contato, respeitando o histórico de transações estabelecido com a empresa. Trata-se de transformar não cliente em cliente, de aumentar ticket médio, de aumentar freqüência de compra, de reduzir cancelamento, enfim, de fazer mais cliente serem mais rentáveis por mais tempo.
Tudo começa quando a gente entende que relacionamento é algo que se estabelece entre marcas e pessoas. Não por acaso, quando alguém expressa seu sentimento com relação a uma empresa diz coisas como: "Eu amo esta marca" ou "Eu não conheço esta marca" ou ainda "Esta marca é perfeita para mim".
Uma vez que se saiba, de um lado, qual é a identidade da marca e de outro, o perfil do consumidor - bem como suas crenças e valores - cabe ao Marketing de Relacionamento garantir a conexão entre ambos num processo contínuo de ação e reação. Quanto mais o cliente percebe que a empresa sabe reconhecer suas necessidades e entregar produtos e serviços compatíveis com as suas características, mais o cliente dá informações ao seu respeito. Quanto mais informações a empresa tem, maior a capacidade de reconhecer e privilegiar os clientes lucrativos.
Num mundo marcado pelo excesso de similaridade entre empresas e produtos, a grande vantagem do marketing de relacionamento é a capacidade de ser algo a mais onde todo o resto é igual. De trazer para o consumidor um motivo concreto para escolher a sua marca em detrimento das outras. Tudo isso com a vantagem de se poder monitorar o resultado financeiro de todo o esforço feito.
Em suma, independente do nome que receba, fazer marketing de relacionamento é saber que o poder está nas mãos do consumidor e perceber que ou a gente
reconhece esta força e dá para ele o que ele quer, ou temos poucas chances de vencer os desafios impostos pelo mercado no novo milênio.
Patrícia Marinho
Vice-Presidente de Planejamento da Datamidia,FCBi
patrícia.marinho@datamidia.com.br
É formada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), trabalhou no Plaza Shopping, onde lançou, em 1991, o primeiro Programa de Relacionamento em Shopping Centers do Brasil, baseado em reconhecimento e recompensa.
Patrícia Marinho é a responsável por todo o planejamento estratégico da Datamidia,FCBi, agência que atende a clientes como Nivea, Fiat, America On Line, O Globo, Maxblue by Deustche Bank, Primesys, Losango Financeira, Glaxo SmithKline, Coca-Cola, Samsung e Souza Cruz.
Fonte:WWW.mktdireto.com.br acesso em;22/05/2010
MARKETING DIRETO
Marketing de Relacionamento, Marketing de Diálogo, Marketing de Resposta Direta, Database Marketing etc.
Quando o termo Marketing Direto surge, a maior parte das pessoas, pensa imediatamente no veículo mala direta. Outros pensam no marketing direto como um método de vendas pelo correio. Outros o confundem com canal de distribuição, como o de vendas pelo correio.
Como afirma Drayton Bird em seu livro Bom senso em marketing direto, podemos dizer que existe o velho marketing direto que representava apenas o conceito de vendas diretas, seja ela por correspondência, por telefone ou através da televisão, e o novo marketing direto, que significa informação sobre pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, que são armazenadas em bancos de dados, e informação para pessoas, que são as comunicações com alto teor de persuasão customizada e maior teor informativo.
Mas afinal, o que é Marketing Direto?
Marketing direto é um nome que, embora não reflita mais o seu significado inicial, "ficou cristalizado para caracterizar um marketing de relacionamento em oposição ao marketing de produto: para definir um tipo de comunicação-diálogo em oposição à propaganda-monólogo", como define Drayton Bird em seu livro Bom senso em marketing direto.
A sua base é a informação, que devido aos avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas, pode ser facilmente capturada e administrada. Hoje é possível formar grandes bancos de dados com informações relevantes sobre as pessoas, agrupando-as por dados de similaridade, e assim ter verdadeiro conhecimento individualizado dos consumidores, usuários e clientes potenciais, para aí então, agir sobre eles. Essa possibilidade gerada pela informática trouxe de volta o contato direto, só que agora, independente da presença física, o contato direto um-a-um, com muitos e instantaneamente.
Além dessa base, a comunicação é outro ponto extremamente importante do marketing direto. Como afirma Drayton Bird, "se a empresa não usa marketing direto a sua propaganda é um monólogo repetitivo, ainda que tenha criatividade e dê leões em Cannes. Mas, se a empresa usa um processo de marketing direto, então a sua comunicação é um diálogo, ou seja, ela fala às pessoas e ouve essas mesmas pessoas, continuamente. "
Portanto, as comunicações de marketing direto cumprem duas grandes funções: conquista de nomes de pessoas e manutenção e ativação de relacionamento contínuo com pessoas já conquistadas (clientes).
A conquista de nomes de pessoas é feita com propaganda e outros meios de captação: anúncios com cupons-resposta, anúncios com a oferta de catálogos, certificados de garantia retornados, captação de nomes em feiras, eventos, lojas de varejo, site na internet, concursos e promoções, mala-direta com ferramentas de resposta etc.
A manutenção e ativação do relacionamento com pessoas conquistadas é feita através da comunicação dirigida (para todo o Database ou para agrupamentos
segmentos dele). Aqui as ferramentas geralmente utilizadas são os newsletters, as malas diretas, os catálogos, o telemarketing ativo, as cartas seqüenciais, os eventos reservados etc.
Objetivos de Marketing Direto:Marketing de Relacionamento continuado entre uma empresa e uma pessoa (Business-to-Consumer ou Business-to-Business) que possibilita a mútua satisfação de interesses com a efetivação de trocas e a sua repetição contínua.
Porém nem todas as empresas estão aptas culturalmente para adotar o Marketing direto. Por isso, ele está sendo um grande diferencial competitivo, um método de melhor servir e melhor manter clientes ativos, que está sendo adotado somente pelas empresas com maior visão.
Seu propósito é isolar os clientes e compradores como indivíduos e construir um relacionamento prolongado com eles para benefício deles e melhores lucros seus, permitindo, desta forma, que você conheça melhor o seu cliente, sabendo precisamente aquilo de que ele necessita, ficando assim, muito mais fácil efetuar-lhe uma venda ou oferecer-lhe um serviço.
Quando se isola alguém como um indivíduo, isto significa descobrir o que o torna diferente dos demais, conhecendo quais são as suas necessidades, preferências, interesses e personalidade exclusivas.
Ao falar com os seus clientes como indivíduos, utilizando o conhecimento adquirido com base no relacionamento existente, torna-se possível fazer apelos mais convincentes. Todo este conhecimento adquirido sobre os clientes, deve ser armazenado em um banco de dados de computador.
O retorno da campanhas de Marketing Direto é perfeitamente mensurável e previsível. Uma mala direta ao ser postada, pode ter o seu retorno "capturado" por um operador de Telemarketing ativo ou receptivo, ou através de alguma ferramenta de resposta direta, como um cupom promocional por exemplo. Com isso diversas informações do Cliente ou Prospect serão armazenadas no banco de dados, inclusive a sua pré-disposição à compra;
Somente o Marketing Direto pode atingir perfeitamente, o nicho desejado, segundo critérios de segmentação geográficos, demográficos, psicográficos e até mesmo de comportamentos de compra passados;
O Marketing Direto não é apenas uma oferta, uma lista, uma peça promocional e uma resposta direta mensurável.
Marketing Direto é o
Fonte:www.mktdireto.com.br acesso em:22/05/2010
Antes de falar de marketing digital, é importante revisarmos alguns conceitos do marketing.
“Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana, voltada para a busca e realização de trocas com seu meio ambiente, visando benefícios específicos”. (Raimar Richers)
“Marketing é o conjunto de atividades humanas que tem por objetivo facilitar e consumar relações de troca”. (Phillip Kotler)
Composto ou Mix de Marketing – Os 4 P’s, C’s e A’s
"...Vamos inicialmente aos 4 P’s que foram formulados na início da década de 60 pelo professor Jerome McCarthy : 4 P’ s: Produto, Praça, Preço e Promoção "Produto: refere-se a variedade do produto, qualidade, características, nome da marca, design, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções etc.; Preço: é composto pelo preço básico, descontos, prazos de pagamento, condições de crédito etc.; Praça ou Ponto de Venda: diz respeito aos canais de distribuição (localizações), distribuição física (estoque), transporte, armazenagem etc; Promoção: venda pessoal, propaganda, promoção de vendas, publicidade, relações públicas, marketing direto (mala direta, telemarketing) etc. Nos 4 P’ s o mercado é visto do lado do vendedor (empresa), com uma visão orientada para o produto e menos para o cliente (consumidor). Para minimizar esta deficiência utilizamos o conceito dos 4 C’s criado por Robert Lauterbom, por volta de 1990, que tem como visão orientar o composto para o cliente....
Marketing Digital - Antes precisamos ser usuários
Antigamente, o profissional de marketing podia se dar ao luxo de dizer que não gostava e nem entendia nada de tecnologia. Atualmente, não há mais como fugir da tecnologia, e ela é parte estratégica do marketing digital. Pergunte-se a si mesmo: Se tivesse que escolher usar APENAS uma destas mídias: televisão, internet ou revistas. Qual você escolheria?
Se escolheu INTERNET, então podemos concluir que o marketing digital está ocupando cada vez mais importância no mix de marketing. O desafio é como planejar ações de marketing digital em meio a tantas tecnologias, siglas e novidades? Minha recomendação é começar de maneira simples e primeiro SER USUÁRIO. Afinal, como planejar uma estratégia de marketing digital no Youtube se nunca postou um vídeo? Como entender o potencial do Flickr na criação de álbuns de fotos colaborativas (Ex: Joomla!Day Brasil 2008, fotos enviadas por participantes do evento), se nunca enviou uma foto para internet?
O marketing digital está estreitamente relacionada às redes sociais, portanto conhecer as principais redes sociais e como sua empresa pode virar notícia é o primeiro passo para iniciar um planejamento.
Marketing Digital e Google
SEM dúvida, o Google é a porta de entrada para grande maioria das pessoas quando procuramos um produto/serviço. Você já comprou produtos ou contratou serviços de empresas que você nunca tinha visto antes, e apenas fez uma "simples" busca no Google? E quantos clientes você já obteve do Google?
Um dos pilares do atual marketing digital é o marketing de busca, que são estratégias para posicionar o(s) site(s) de sua empresa nas primeiras colocações do Google. Há duas maneiras para colocar sua empresa no Google: Através dos Links Patrocinados (AdWords) e da Otimização de Sites (SEO - Search engine optimization). A primeira são técnicas para criar os anúncios pagos do Google e a segunda são técnicas para organizar o conteúdo e estrutura do site de modo que o site seja encontrado pelo seu potencial cliente no momento que ele faz uma busca.
Cursos da Konfide
· Marketing no Google - Indicado para todos profissionais que desejam aprender como colocar seu site no Google de maneira efetiva. O curso dá muita ênfase ao planejamento, portanto pessoas que gerenciam adwords ou praticam SEO podem assistir, pois com certeza terão uma nova visão de como planejar melhor.
· Workshop prático de AdWords e SEO - Indicado para quem já gerencia campanhas de links patrocinados e já conhece os conceitos de SEO
Referências:
· Composto ou Mix de Marketing – Os 4 P’s, C’s e A’s
· Fonte:WWW.kofide.com.br acesso em:22/05/2010
MARKETING PESSOAL
.....Marketing Pessoal hoje, é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a ser favor no ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também fazem parte do Marketing Pessoal.
.....As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A preocupação com o capital intelectual e a ética, são fundamentais na definição do perfil daqueles que serão parceiros/colaboradores.
.....Alguns detalhes merecem atenção especial:
Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças;
Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos;
Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de frustração e angústia;
Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de obstáculos;
Manter-se motivado;
Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela trabalhe como seu diferencial;
Seja absolutamente pontual;
Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor importância;
Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas;
Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar;
Controle suas emoções mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo tratado;
Cuidado com o uso do celular;
Não fale demais nem de menos.
Saiba mais sobre Marketing Pessoal nos links de artigos e sites a seguir e faça sucesso!
Fonte:WWW.mulher de classe.com.br acesso em:22/05
O QUE É MARKETING PESSOAL ?
Hoje em dia, a imagem de uma pessoa é seu maior patrimônio. Ela abre portas e torna você conhecida e famosa. Não é de um dia para o outro que construímos e consolidamos uma imagem vencedora e idônea. São necessários anos de desenvolvimento, bom desempenho e sociabilidade para ser uma pessoa bem vista e aceita. No entanto, não basta viver de aparências e ficar só no Marketing, precisamos ter conteúdo de qualidade e ser autênticos e verdadeiros, pois “nem tudo que reluz é ouro...”
O site Experta lhe traz 7 dicas para se tornar uma estrela:
1 - Seja responsável pela sua própria vida, carreira e desenvolvimento. Dessa forma, você sempre será reconhecida como alguém de muito valor agregado, uma pessoa que faz a diferença.
2 - Estude e acompanhe novas tendências e mudanças para não ficar para trás. Estamos todos indo ao encontro do o futuro, portanto não podemos perder o rumo, nem nos iludir com "miragens".
3 - Desenvolva capacidades e competências para melhorar seu desempenho pessoal. A nossa segurança, ou empregabilidade, depende da nossa produtividade e do potencial que temos como pessoas e profissionais.
4 - Invista em suas habilidades de comunicação e sociabilidade. Não adianta ser boa se ninguém a conhece ou se o seu trabalho não aparece. Precisamos saber ouvir tão bem quanto falamos, pois a comunicação é um caminho duplo.
5 - Pratique o “Kaizen”, a filosofia da melhoria constante e contínua baseada na aprendizagem vitalícia. A maior vantagem competitiva que temos é a capacidade de aprender melhor e mais rápido que os outros.
6 - Observe e pesquise tudo e todos. Mantenha os olhos abertos e a mente funcionando. Como diz um ditado ZEN: "Para a mente preparada, a oportunidade aparece."
7 - Acima de tudo, mantenha-se leve, flexível e adaptável. A vida é feita de mudanças constantes e precisamos aprender a acompanha-las e respeita-las. "A maior obra de arte é saber transformar a si mesmo, eternamente..."
Fonte:www.experta.com.br acesso em:22/05/2010
O QUE É MARKETING PESSOAL?
1. Marketing Pessoal.
Marketing Pessoal é uma estratégia atual cujo objetivo é orientar os profissionais de qualquer categoria a manter sua posição no emprego que têm ou a conquistar nova posição no mercado de trabalho, utilizando técnicas adequadas e atuais, que sejam esclarecidas, competitivas e levem, de fato, à vitória desejada. Essas técnicas incluem sua formação profissional, experiência, boa apresentação de seu currículo até sua forma de vestir, de falar, sua postura, sua entrevista com o selecionador, seu comportamento pessoal.
Resumindo: Marketing Pessoal é um conjunto de estratégias programadas de forma consciente para (a) manter a própria situação profissional; (b) conquistar a posição desejada no mercado de trabalho; (c) manter a empregabilidade de forma permanente.
Hoje, não há mais lugar para a passividade, para manter a expectativa de que a empresa continuará paternalista nos protegendo e nos conduzindo a posições mais altas e com melhor remuneração. Esse tempo acabou. O que vale agora é a competitividade. Cada um de nós é responsável pelo seu sucesso pessoal e profissional. Somos solicitados a ser empreendedores, a ser vencedores onde quer que estejamos. Para isso, necessitamos conhecer o mercado, entender as mudanças e empregar técnicas também competitivas e adequadas.
Para meditar
Houve uma época em que você era contratado para trabalhar em uma grande empresa, em uma carreira para toda a vida. Não havia necessidade de se preocupar muito com sua carreira. A empresa faria isso para você. Bem, as coisas eram assim no passado.
No mundo de hoje, de competição acirrada, o lema é cada um por si. Você não pode confiar que a empresa tome conta de você porque ela mesma não pode estar segura de que continuará a existir por tempo suficiente para isso. Você tem de tomar conta de si mesmo (All Ries, 1991, p. 1).
Portanto, para competir é preciso abandonar velhos paradigmas, a forma tradicional de pensar que tudo continuará como no passado. As mudanças estão acontecendo com rapidez incrível e quem não perceber isso e não procurar se adaptar à nova realidade ficará a ver navios ou vivendo de modo nefelibático (nas nuvens).
Conclusão: “você não pode ficar esperando que a sua empresa tome conta de você. Ela está lutando pela sua própria sobrevivência. Para ter sucesso hoje, você deve ver a si mesmo como um produto e não como um empregado. A sua carreira está em suas próprias mãos e não nas mãos do simpático gerente de recursos humanos” (All Ries, 1991, p. 2).
Professor Fábio França
Marketing pessoal para relações pública
Marketing Pessoal para Relações Públicas é um material inédito, que reúne conhecimento fundamentais para o alcance um diferencial competitivo através de um trabalho em que você será a força motivadora.
ENTREVISTA
Marketing Pessoal- Newsletter Carreira & Sucesso - Grupo Catho
Fui entrevistado pelo jornal Carreira & Sucesso do Catho Online para uma matéria sobre marketing pessoal. A matéria "Saiba se vender e ganhe pontos no mercao", assinada por Cristina Balerini e enriquecida com a opinião de profissionais como Maria Aparecida Araújo e Edmundo Vieira Cortez você encontra clicando aqui. A íntegra de minha entrevista está no texto abaixo.
Carreira & Sucesso: Qual a importância do marketing pessoal para conquistar um novo emprego e para conquistar novas posições no mercado?
Mario Persona: Assim como acontece com qualquer outro produto, o profissional precisa se expor no mercado. Isto fica ainda mais evidente quando vemos muitas empresas optando por contratar colaboradores terceirizados ao invés de criar um quadro próprio, o que equivale dizer que as empresas procuram por maior liberdade e flexibilidade para selecionar um fornecedor de serviços, contratá-lo pelo valor que agrega, ou substituí-lo, caso encontre outro que atenda melhor suas expectativas. Nessa competição as chances de sucesso ficam com aqueles que, além de bem preparados na área em que atuam, sabem expor sua habilidade, talento e competência.
C&S: Dê dicas de como se comportar e do que "nunca" deve ser feito.
MP: Todo profissional deve construir sua marca, que será a imagem que os outros terão dele. Marca para um profissional é como reputação, algo visível e que pode ser percebido por suas atitudes. Essa reputação pode ser habilmente esculpida, mas não irá durar se não estiver bem ancorada num caráter adequado. Por isso toda construção de marca pessoal começa com a construção do caráter.
Eu poderia colocar aqui uma lista das coisas que devem e não devem ser feitas, mas ela jamais seria tão completa quanto a que está contida na regra áurea do fazer aos outros o que você gostaria que fizessem a você também. Acho que isto e uma boa dose de bom senso e tolerância fazem parte de uma receita de sucesso para o marketing pessoal.
C&S: Podemos considerar o marketing pessoal como essencial para o networking?
MP: Eu diria que as duas coisas se complementam, mas podemos ter graus variados de networking em ambientes também variados. Por exemplo, sou bastante introspectivo em minha vida privada, evitando festas e eventos sociais. Faz parte de minha natureza de leitor e escritor me recolher em um mundo mais particular. Porém, quando participo de alguma festa ou evento, não vou vestido de ostra. Pelo contrário, desempenho meu papel de ser humano, social e gregário e tenho prazer nisso.
Obviamente alguém com uma personalidade mais voltada para a coleção de amigos e saídas freqüentes para reuniões e confraternizações terá melhores chances de criar uma rede de relacionamentos. Para compensar minha preferência pela individualidade no mundo real, dediquei-me a conquistar uma rede de relacionamentos no mundo virtual, conhecendo e me relacionando com um número muito maior de pessoas do que teria sido possível antes do advento da Internet.
Portanto, considero que a criação de uma estratégia de marketing pessoal não significa ter que abrir mão de algumas características que nos são próprias, mas sim descobrir meios alternativos de compensar nossas deficiências em uma ou outra área.
C&S: O marketing pessoal engloba apenas questões relacionadas à aparência?
MP: De maneira nenhuma. Aparência é importante, mas não é tudo, a menos que sua principal função seja a de modelo. Se acharmos que a aparência física é o mais importante para promover uma marca pessoal, estaremos excluindo as pessoas menos atraentes ou mesmo aquelas com algum defeito físico. Sei que você se referiu a aspectos como o vestir, se pentear, ou coisas assim, mas aproveito para incluir aqui o que penso também com respeito aos problemas de aparência física.
Há profissionais portadores de deficiência física que dão um verdadeiro show de marketing pessoal quando assumem com dignidade aquilo que são. Fazendo assim conseguem resultados muito melhores do que aqueles que tentam disfarçar falhas físicas evidentes demais para serem escondidas. Descobrem como fazer de sua aparência um componente importante do estilo. (Veja uma relação de sites de portadores de deficiência no blog "Quero Contar", na coluna da direita em "Meus amigos também querem contar")
Como sua pergunta parece estar mais relacionada com o vestir, neste caso é importante que o profissional tenha bom senso para saber como deve se apresentar em diferentes lugares e ocasiões, para que sua embalagem valorize da melhor maneira possível o seu produto.
C&S: Como vender sua imagem sem perder a discrição?
MP: Simpatia é o antídoto para a exposição demasiada. Fico aborrecido quando passo por vários outdoors iguais, com uma mensagem ou aparência de gosto discutível, porém até gosto quando encontro um número igual de outdoors apresentando o produto de forma simpática e bem-humorada. A questão não está na freqüência da exposição da imagem do profissional ou em sua ousadia para conquistar novos mercados ou oportunidades, mas no estilo que usa para isso.
C&S: Um bom Curriculum Vitae vale pouco diante de um fraco marketing pessoal?
MP: Se tratarmos o marketing pessoal como tratamos o marketing de empresas e produtos, o Curriculum Vitae passa a ser uma das ferramentas que usamos em nossa comunicação ou promoção da marca. Se eu sou o produto, devo ter um preço que dê a noção exata de meu valor, vou cuidar de minha promoção usando um mix de comunicação de marketing, do qual o Curriculum Vitae faz parte, e farei isso dentro do ambiente que designei em meu planejamento como sendo minha praça.
O Curriculum Vitae deve estar muito bem associado ao marketing pessoal e deve funcionar mais como uma proposta de trabalho do que como uma biografia. Por isso sempre sugiro que o Curriculum Vitae seja elaborado de maneira personalizada para cada cliente – no caso, o empregador – apresentando as competências ou características do "produto" que mais atendam as necessidades daquele "comprador" em potencial.
C&S: Dê alguns exemplos de pessoas com bom marketing pessoal.
MP: Há muitos, mas nem sempre é fácil identificar, pois se for bom mesmo acabamos achando que a pessoa seja assim, e não que ela tenha planejado ou maquinado algo para se transformar naquilo que conhecemos. O marketing pessoal de artistas envolve até a troca de nome e acredito que alguns não teriam feito tanto sucesso com o nome original. Afinal, quem se sentiria atraído por um Kirk Douglas que se chamasse Issur Danielovitch, ou por um Cary Grant chamado Archibald Leech, seus nomes verdadeiros?
Creio que poderia citar como exemplo de marketing pessoal numa empresa aquele colega que se sobressai, que é querido ou que se preocupe com sua imagem. Consciente ou não, ele cuida de seu marketing pessoal e as empresas deveriam incentivar mais isso, pois quem melhora sua auto-estima certamente acabará se relacionando melhor com os outros ao enxergá-los como clientes internos.